As vezes na vida, a gente é cercada por antíteses que tendem predominar no nosso comportamento. Num momento pensa-se estar cheios de amor, noutros cheios de rancor,alguns são de luz, outros de trevas,parece que o mundo vai desabar aos seus pés...
Bem, é nessa hora que achar que tudo está errado e que nada mais tem solução é natural. A vida perder o sentido e as coisas o significado é comum. Ter pés, mas não conseguir caminhar, tem lágrimas mas não conseguir chorar, tem coração mas não conseguir amar, tem fé mas não conseguir perdoar é fato.
Ao deparar nesse estado, começam as indagações e as respostas se perdem no vazio da dúvida...
Então, a incerteza bate a porta da emoção e mais uma vez (re)começa o conflito entre o bem e o mal, o bom e o ruim, o certo e o errado. É aí que aparece uma luz no fim do túnel na tentativa de apontar o culpado ou do inocente e é nesse momento que sempre querer estar entre o segundo tende a ser uma tentativa vã...
Somente nesse instante, tão somente nesse instante da caminhada ao parar para racionalizar e ver que não se pertence a nenhuma dessas:clic! ... Recobrar a consciência e nesta perceber que tornara-se vítima da própria condição e descobrindo-se vítima, começar a se libertar e encontrar as razões existenciais que outrora perdera...Quiçá sacudisse poeira das lembranças ruins... mas e as boas, não voariam juntas?
Zilma Franco, fevereiro,2011.