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quinta-feira, 17 de abril de 2008

RE-DISCUTIR A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Trabalhar numa perspectiva de Educação popular tem sido um lema que costumo aplicar no meu cotidiano escolar. Saímos do ensino para educação. Compreender a idéia de educação requer uma pausa no fazer aplicado. Daí urge a necessidade de rediscutir a prática pedagógica de construir o aprender, pois, o papel social que é atribuído aos educadores dessa modalidade é o de compreender a educação de jovens e adultos com uma pedagogia voltada para jovens e adultos. Ou seja, quando eu sistematizo o ensino do sujeito somente e deixo de atender o sujeito com quem vivo, não estou fazendo educação de jovens e adultos e essa é a questão dos profissionais que trabalham nessa modalidade sem se dedicar ou se afeiçoar.
Pode-se considerar o momento atual, como um período fértil ou seja, estamos saindo da fase dos programas e projetos para a implantação das políticas públicas para a EJA que já estão em fase de consolidação.
Sabemos que a LDB é obrigatória para todas as etapas e modalidades, mas entendemos que é necessário haver uma mudança de atribuição para compreender uma matriz diferenciada, embutida em condições humanas com ações educativas dentro de uma perspectiva global: temos sensibilidade, mas nem sempre sabemos trabalhar com esse público. Para eles, um olhar ou um gesto pode ser excludente ou acolhedor, dependendo da ótica abordada, pois os mesmos têm urgência de atingir seus objetivos e metas pessoais.
Sendo assim, proponho uma retomada de consciência sobre os 5 pilares da educação humanística criados pela UNESCO, enquanto não criamos hábitos e não construímos identidade própria, pois sem esses não conseguiremos avançar em propostas curriculares ousadas. Os conteúdos não irão mudar. O que precisa mudar é a metodologia com a qual vou trabalhar. Dominar o uso de tecnologias sem dar as costas para as outras concepções que sustentam a prática pedagógica. Apoiada na mistura das pedagogias Tradicional, Nova e Tecnicista, num contexto multidisciplinar, nossas práticas educativas precisam ser revistas e discutidas, já que a EJA não tem formação específica e o seu único foco é o aluno trabalhador.
Precisamos ser protagonistas da escola pública de qualidade, sabemos que não é tarefa fácil, mas necessária. É um compromisso de quem toma decisões, de quem tem consciência do coletivo, de quem tem a responsabilidade de formar seres humanos por meio da educação. Assim se configura a gestão democrática da educação que necessita ser pensada e ressignificada na cultura globalizada, imprimindo-lhe outro sentido.
Os alunos da EJA trazem com freqüência uma barreira psicológica-emocional manifestada na timidez, no preconceito com relação a sua situação social ou profissional e no sentimento do saber veiculado numa sociedade eminentemente letrada, questão da qual tem real noção. Têm aprendizagem fundada em seu trabalho pessoal, voluntário, individual, independente e apoiado em sua experiência.
Nesta perspectiva, a oferta do redimensionamento da EJA, para centros peculiares pretende um atendimento com suficiência, na lógica de preparar o indivíduo, com objetivos diferentes visando suas necessidades: alguns o alijeiramento do processo, outros, a preparação para o mercado de trabalho, sem perder de vista a influência ou interferência da globalização nesse processo, assunto que abordaremos na próxima fala.
Diante do exposto, constata-se, entretanto, que a grande ausente é justamente a informação “nova e relevante”. O que temos muito na rede é o “envelhecimento” de idéias. Justificamos muito e fazemos pouco!?...
Zilma Franco

Um comentário:

Nanda Luz disse...

Muito legal essa sua abordagem sobre a EJA, que nos mostra quanto devemos progredir no sentido de oferecer a essas pessoas, um ensino de qualidade, e não um ensino de faz-de-conta. Além disso, foi muito feliz a sua colocação de que não se deve em detrimento de outra, abandonar propostas pedagógicas anteriores, uma vez que cada qual têm suas contribuições para a educação. Deparamo-nos com professores, por exemplo, que sentem ojeriza à educação tradicional, satanizando-a completamente; não leva em conta, porém, que um bom professor não é aquele que dança conforme a música, mas aquele que adapta a música à dança, aproveitando o melhor de cada passo, de cada gesto, e que tem ginga para fazer da escola um espaço de pluralidades, visando a excelência da educação.

ONDE ABUNDOU O AMOR, SUPERABUNDOU A GRAÇA

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lindos e amados

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